A combinação de um antiviral e de um medicamento experimental curou 70% dos pacientes com hepatite C em ensaios clínicos iniciais, prometendo uma solução mais simples para a doença hepática crónica, informaram investigadores.
O ensaio clínico de fase II, descrito num artigo divulgado, na terça-feira, no "Journal of the American Medical Association" (JAMA), estudou a eficácia e segurança de um medicamento experimental, sofosbuvir, tomado com o antiviral ribavirina.
Os fármacos foram administrados por via oral e o tratamento realizado durante seis meses conseguiu uma taxa de cura de 70% e foi bem tolerado, revelaram os pesquisadores.
O tratamento atual podem durar cerca de um ano e implicam no uso de injeções semanais de interferon alfa combinado o ribavirina e outro antiviral. Entre os efeitos colaterais, considerados graves, incluem-se a depressão, os sintomas de gripe e a anemia.
O ensaio contou com a participação de 60 voluntários infetados com o genótipo 1 do vírus da hepatite C que não responde tão bem ao tratamento atual, segundo a agência France Press.
Este estudo clínico sobre a hepatite C também é diferente dos anteriores por incluir participantes com um fígado muito deteriorado e outros com lesões nesse órgão menos avançadas.
Vinte e quatro semanas após o final do tratamento, o vírus não foi detetado em 70% dos participantes, o que é considerado uma cura porque este agente patogênico não se integra ao DNA humano.
Shyam Kottilil, do Instituto nacional norte-americano das alergias e doenças infeciosas e principal autor do estudo, considerou que, tendo em conta as características dos participantes, "o resultado é particularmente promissor".
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