A chuva acumulada nos últimos dois dias em São Paulo, estado que teve o outubro mais seco dos últimos 29 anos, não foi suficiente para impedir que o volume de água no Sistema Cantareira voltasse a cair. Apesar da precipitação de 19,1 milímetros na noite de sábado e na madrugada deste domingo, o nível das represas do manancial teve queda de 0,1 ponto, indo de 12,2% no sábado para 12,1% da capacidade, neste domingo (já contando o chamado volume morto). O acumulado de chuva registrado nos dois primeiros dias de novembro na região das represas do Cantareira, de 22 milímetros é, no entanto, mais do que metade da precipitação observada em todo o mês passado (42,5mm). A média histórica para novembro é de 161,2 mm.
No sábado, pancadas de chuva que caíram sobre a capital paulista deixaram em alerta para alagamentos cinco bairros das zonas Sul e Sudeste (Vila Mariana, Jabaquara, Ipiranga, Cidade Ademar e Santo Amaro). O centro de abastecimento de alimentos da Ceagesp, entreposto da cidade, no bairro Vila Leopoldina (Zona Oeste), foi tomado pela água.
A partir desta segunda-feira, a previsão é de chuva em toda a capital e na região das represas do Cantareira, que abastecem 6,5 milhões de pessoas. Embora possa amenizar um pouco a situação crítica de desabastecimento, as chuvas de novembro não serão capazes de recuperar o sistema. Especialistas dizem que isso pode demorar até três anos para acontecer e alertam a população, dizendo que a economia de água no período será imprescindível para evitar o racionamento.
Além do Cantareira, a situação das represas do Alto Tietê também preocupa. De acordo com a Sabesp, o volume armazenado no manancial é de 8,9%.
Fonte:Agencia O globo
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