Mais um mistério no ar. Outro avião desaparece no céu do continente asiático.


O voo QZ8501 da Air Asia com 162 pessoas a bordo que partiu de Juanda, na ilha indonésia de Java, para Singapura, continua desaparecido. As autoridades indonésias anunciaram que com ao cair da noite iriam interromper as operações de busca.

A Air Asia, que mudou o seu logo vermelho para cinzento nas redes sociais depois do incidente, informou que o piloto pediu para desviar a rota por causa do mau tempo, quando agências de notícias falam na ocorrência de violentas trovoadas na zona na altura da passagem do avião. Ainda que seja raro que relâmpagos causem danos graves num avião, diz o diário norte-americano The New York Times, as trovoadas podem causar danos nos sistemas de navegação e os flashes dos relâmpagos podem desorientar momentaneamente os pilotos.

O piloto aos comandos do QZ8501 tem 6 100 horas de voo e a aeronave passou por revisão no dia 16 de Novembro, acrescentou a empresa em comunicado. A Airbus, construtora do avião, indicou que o aparelho tinha 23 mil horas de voo e realizou 13600 voos desde que entrou na frota da AirAsia em Outubro de 2008.

O voo QZ8501 saiu do aeroporto internacional de Juanda neste domingo às 5h20 (hora local) e deveria chegar a Singapura às 8h30 (também local). Entre as 6h17 e as 6h34, ainda em espaço aéreo indonésio, perde o contato com a torre, seis minutos depois de ter pedido para mudar a altitude do aparelho, sem fazer, no entanto, nenhuma chamada de SOS.

Durante a tarde de ontem, um outro aparelho da Air Asia, num voo interno da Malásia entre Penang e Langkawi, voltou atrás por ter tido “dificuldades técnicas”.

O diretor-geral do transporte aéreo da Indonésia, Djoko Murjatmodjo, disse à AFP que o avião desaparecido – um A320 - transportava sete tripulantes e 155 passageiros – 138 adultos, 16 crianças teria atualizado os números anteriormente divulgados de que estariam 161 pessoas a bordo. A maioria são indonésios, mas a bordo seguiam pessoas de outros países: três são da Coreia do Sul, um da Malásia e um outro de Singapura. Havia ainda um britânico e o co-piloto era francês.

Este é o terceiro de três grandes incidentes a envolverem companhias aéreas da Malásia este ano. O voo MH370, da Malaysia Airlines, com 239 pessoas a bordo, despareceu em Março, quando fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim. A aeronave continua desaparecida. Em Julho, um segundo avião da mesma companhia, que operava o voo MH17, foi supostamente derrubado no leste da Ucrânia, provocando a morte das 298 pessoas a bordo.

A Air Asia introduziu o conceito de voo low cost na Asia, com o frase: “Now Everyone can fly – Agora qualquer um pode voar”. Tony Fernandes comprou a empresa em 2001 aos 37 anos de uma empresa falida com dois aviões envelhecidos, a Air Asia passou para uma companhia com 86 aviões e 30 milhões de passageiros por ano.

As operações de busca estão sendo supervisionadas pela Indonésia (segundo a imprensa local, estão a cargo do vice-presidente) e Singapura com apoio da Malásia e Austrália e deverão recomeçar pela manhã ou quando as condições do tempo permitirem. Há relatos de que as operações se focavam numa área a 145 quilômetro da ilha de Belitung, entre Sumatra e Bornéu.

O desaparecimento do vôo da Malaysia Airlines entre Kuala Lumpur e Pequim, do qual nunca foi encontrado um destroço, é dos maiores mistérios da aviação moderna. 


Fonte: Público Pt

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