O Senado do americano votou nesta quarta-feira o que chamaríamos de autorização ao presidente Barack Obama para usar força militar contra à Síria
em resposta a um suposto ataque químico no dia 21, aumentando o impulso para o esforço da Casa Branca de conseguir apoio do Congresso para um ofensiva .
A votação da Comissão de Relações Exteriores do Senado foi a primeira em uma série enquanto o pedido do presidente tramitava entre painéis antes de poder ir ao plenário das duas Casas do Congresso para uma votação final.
Espera-se que todo o Senado vote a medida na próxima semana. Os principais assessores de Obama levaram nesta quarta o argumento pró-ação à Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, onde o apoio visto no Senado será mais difícil de encontrar.
A resolução permitiria a Obama ordenar uma intervenção militar limitada contra a Síria que não exceda 90 dias e não envolva tropas terrestres para operações de combate.
A comissão do Senado aprovou a autorização com 10 votos a 7, marcando a primeira vez desde a votação de outubro de 2002 que deu ao presidente George W. Bush a autoridade de invadir o Iraque.
Obama, que visita a Suécia antes de participar do encontro do G20 na Rússia no fim desta semana, disse que a credibilidade da comunidade internacional está em jogosobre um resposta militar ao uso de armas químicas na Síria.
Segundo o governo Obama, um ataque com gás sarin lançado pelas forças do presidente Bashar al-Assad deixou mais de 1,4 mil mortos , incluindo centenas de crianças, nos arredores de Damasco no mês passado, acusação que o regime sírio nega. Total é bem maior do que estimativas anteriores que apontavam centenas de mortos.
Segundo a inteligência britânica, o número de mortos ultrapassaria os 350, número similar aos 355 apontados pelos Médicos Sem Fronteiras . Para a inteligência francesa, seriam 281 mortos .
Questionado sobre os comentários que fez no ano passado sobre desenhar uma "linha vermelha " contra o uso de armas químicas por Assad, Obama disse que o tal limite já havia sido estabelecido por um tratado de armas químicas ratificado pelos países ao redor do mundo. "Não foi algo que inventei", concluiu.
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