Ex-marido mata 2 por ciúme, dentro de ônibus em cidade do ES .

Jesus matou por ciúmes da ex-mulher

A desconfiança de que a ex-mulher estaria mantendo um relacionamento amoroso com um motorista de ônibus da empresa onde ela trabalhava levou um açougueiro de 46 anos a causar uma tragédia, na madrugada deste sábado (14), em Cariacica, na grande vitória, no ES.

Jesus Campos Gonçalves invadiu o ônibus da linha 704 (Terminal de Itacibá X Flexal II) do sistema Transcol, onde a ex, Lívia Gomes Bernadino, 24, trabalhava como cobradora, e a matou a tiros. Em seguida, ele assassinou o motorista do coletivo, Geraldo da Silva Gomes Filho, 33, feriu um passageiro e, por fim, se matou.

Segundo a polícia, Jesus acreditava que Lívia estava se envolvendo com um motorista, mas não sabia quem era. O açougueiro imaginou que esse motorista era o que estava trabalhando com a cobradora e acabou assassinando Geraldo. 

No entanto, Geraldo não tinha nada a ver com a pessoa em que Lívia estaria envolvida. Os dois eram apenas colegas de trabalho, e não há informações de que a cobradora realmente tinha um relacionamento amoroso com um motorista.

Os familiares de Geraldo e de Lívia confirmam a versão policial. Contudo, testemunhas afirmaram que a cobradora estava se envolvendo com um motorista, e que esse motorista estaria trabalhando junto com ela, só que trocou de horário com Geraldo, a pedido dele mesmo. O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória - GVBus não confirmou a troca de horário.

Jesus invadiu o ônibus dois pontos antes de o coletivo chegar ao destino final, o ponto final do bairro Flexal II,  por volta de 0h30. Investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) contaram que ele e Lívia logo começaram a discutir e, durante a discussão, o açougueiro acabou sacando uma arma, e atirando contra a ex. 

A cobradora foi morta com cinco tiros. Depois de matá-la, Jesus apontou a arma para Geraldo, atingindo-o com um tiro na cabeça, e para um passageiro que estava sentado na parte da frente do ônibus, próximo ao motorista, ferindo-o na cabeça, sem perfurar o crânio. Em seguida, sentou e se matou, também com um tiro na cabeça. O passageiro foi hospitalizado e já recebeu alta.

Arma do crime foi roubada 

A arma que Jesus usou para praticar o crime não foi encontrada dentro do ônibus. Segundo a polícia, ela foi roubada por um bandido, que invadiu o coletivo assim que ele parou. Além da arma, o acusado também roubou o dinheiro da gaveta e fugiu.

Como o açougueiro matou Geraldo no momento em que o motorista dirigia, o coletivo acabou seguindo desgovernado, e só parou depois que atingiu a cerca de uma casa e a parede de um imóvel em construção.

Desesperados, os passageiros saíram do ônibus. Os policiais ressaltaram que somente o passageiro baleado estava na parte da frente do coletivo, e que os demais - eles não sabem quantas pessoas haviam no local - estavam na parte de trás. 
Entretanto, testemunhas contaram que havia somente quatro passageiras no ônibus e que quem as ajudou a sair foi o passageiro baleado. “Ele estava indo para uma festa de carnaval que estava ocorrendo em um bar, perto do ponto final. Depois que foi baleado, ainda ajudou as passageiras a sair, porque elas estavam desesperadas. Elas saíram pela saída de emergência e duas se machucaram”, contou uma merendeira de 23 anos.

Após ajudá-las, o passageiro seguiu pela rua à procura de ajuda e acabou sendo socorrido para o Hospital São Lucas, na capital Vitória. O bandido aproveitou o curto espaço de tempo em que somente as vítimas fatais estavam no ônibus e então invadiu o coletivo, roubando a arma e o dinheiro. A polícia fez buscas na região, mas nenhum suspeito foi encontrado.

A dona da casa atingida pelo ônibus, uma auxiliar de serviços gerais, 37, contou que ficou bastante assustada quando ouviu o barulho da batida. “Eu estava dormindo. Me assustei. Minha filha chegou a passar mal. Fiquei pior depois que descobri que a Lívia tinha sido morta. A gente já tinha estudado juntas. Todo mundo está chocado”, complementou.

Fonte: Gazeta online

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